segunda-feira, 11 de novembro de 2024

A DOCE POLÍTICA NO CINEMA - NÚMERO 23 - AINDA ESTOU AQUI: LITERATURA, CINEMA E OSCAR?


O Sorriso de Eunice Paiva

Por Giovana de Lima Freire [1]

 

Eu cheguei de muito longe

E a viagem foi tão longa

E na minha caminhada

Obstáculos na estrada, mas enfim aqui estou

 

Mas estou envergonhado

Com as coisas que eu vi

Mas não vou ficar calado

No conforto acomodado como tantos por aí (...)


"É preciso dar um Jeito, meu amigo" - Erasmo Carlos - 1971

 

Com a trilha sonora de Erasmo Carlos [2], temos o sucesso de bilheteria “Ainda estou aqui” que estreou no Brasil em 07 de novembro de 2024, o longa "já premiado internacionalmente pelo Festival de Veneza de 2024, o filme retrata a história por trás do livro publicado por Marcelo Rubens Paiva, Ainda estou aqui, (2015) [3]; autor do livro “Feliz Ano Velho (1982)” [4].

No Rio de Janeiro de 1970 sob a sombra da ditadura militar, acompanhamos a história de Eunice Paiva, uma mulher que luta para superar um desaparecimento político, definido pelo próprio filme como “morrer em guerra”. Diante da dor e da incerteza, Eunice se questiona: “Você pode publicar isso?”

Ao longo da trama, percebemos como o regime autoritário permeia o cotidiano de Marcelo, ainda criança. A presença constante de helicópteros, comboios militares e até mesmo uma violenta batida policial, retratada em uma das primeiras cenas, demonstra a brutalidade da ditadura. A pergunta que fica é: “até que ponto o filme consegue retratar a complexidade desse período histórico?" Quando Rubens Paiva é levado ouvimos um: “posso ir com ele?” E a seguinte resposta: “seu marido já volta pra casa”. Infelizmente para a tristeza da família Paiva ele nunca mais voltou.

Tanto no livro quanto no filme o enredo nos leva a se apaixonar pela força da falecida Eunice Paiva (1929-2018) a mulher que nos inspira sorrisos mesmo após os 12 dias de seu interrogatório nos anos de chumbo [5], mas a partir de então, torna-se uma advogada, ativista e símbolo da luta contra a ditadura militar no Brasil. Sua luta contra o sistema motivada pelo desaparecimento de seu marido Rubens Beyrodt Paiva, torturado e morto, sendo ela confirmada 40 anos depois pela “comissão da verdade” [6].

“Não se encontra no lugar designado” a frase escrita por Eunice em um bloco de notas, cena de 5 segundos que transmite a exata dúvida que os familiares dos mortos da ditadura tinham sobre o paradeiro de seus familiares. Uma foto icônica, um sorriso, ou melhor, o pedido da matriarca por sorrisos mesmo em tempos de luto [7]. Foto na Revista manchete ou como foi dito no filme pela atriz que interpretou a filha mais velha de Rubens e Eunice “porque vamos falar com aquela revista vendida”.

Um corte temporal de 25 anos, para o ano de 1996, finalmente é entregue a certidão de óbito e Eunice interpretada por Fernanda Torres, a personagem em uma entrevista dá a seguinte resposta que me chamou muita a atenção “Não, eu acho que seria preciso indenizar as famílias, e fazer o mais importante; que é esclarecer e julgar todos os culpados pelos crimes cometidos durante a ditadura, pois, caso contrário, nada impede que esses crimes continuem sendo praticados impunemente.” Frase que para nós Brasileiros deveria ser utilizada em diversos aspectos já que a maioria dos crimes são cometidos pela certeza da impunidade.

Novo corte agora para São Paulo 2014 com uma das cenas que melhor retratou a situação real de Eunice que já lutava contra o Mal de Alzheimer, está um almoço de família onde são ditas palavras avulsas que remetem a momentos ou fotografias que aparecem no decorrer do filme: “Manchete, Praia, Despedida, Brasília e Xarete” palavras que fará muito sendo aos que leram a obra literária e assistiram o longa e o questionamento “que dia é feriado?” se referindo ao dia do desaparecimento de Rubens.

Em suma, e com a protagonista no atual momento vivida por Fernanda Montenegro imóvel e na frente de um televisor com a seguinte reportagem que dizia: "duzentos e trinta locais onde esses crimes foram cometidos, como quartéis das forças armadas, além de áreas usadas para ocultação de cadáveres, como a restinga da Marambaia no Rio de Janeiro; algumas dessas vítimas tornaram se ícones da resistência contras os abusos do regime militar, como o jornalista Vladimir Herzog [8], o estudante Stuart Angel [9], e o Deputado Rubens Paiva. O corpo de Rubens Paiva assim como o de pelo menos 200 corpos nunca foi localizado!” cena de 53 segundos cronometrados de silêncio ininterrupto, próxima e a última cena uma nova foto de família e novamente um pedido ecoa dessa vez não pela matriarca já debilitada mas por seus filhos “todos sorrindo”.

 

[1] Graduanda em História pela UFRRJ e graduando em Pedagogia pela UCAM.

[2] É preciso dar um Jeito, meu amigo- Erasmo Carlos (1971)

 [3] PAIVA, Marcelo Rubens. Ainda Estou Aqui. 1ª edição. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015. , referência bibliográfica do livro que inspirou o filme.

 [4] PAIVA, Marcelo Rubens. Feliz Ano Velho. 35. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. 232 p , referência bibliográfica do livro que retrata o acidente que deixou o autor tetraplégico.

[5] Os anos de chumbo foram o período mais repressivo da ditadura militar no Brasil, estendendo-se basicamente do fim de 1968, com a edição do AI-5 em 13 de dezembro daquele ano, até o final do Governo Médici, em março de 1974. Alguns, reservam a expressão "anos de chumbo" especificamente para o governo Médici.

[6] https://www.gov.br/memoriasreveladas/pt-br/assuntos/comissoes-da-verdade

[7]https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2024/11/07/eles-ainda-estao-aqui-filhos-de-eunice-e-rubens-paiva-falam-sobre-o-filme-que-retrata-a-luta-da-mae-contra-a-ditadura.ghtml

[8] https://memoriasdaditadura.org.br/personagens/vladimir-herzog/

[9] https://memoriasdaditadura.org.br/personagens/stuart-edgar-angel-jones/

58 comentários:

Anônimo disse...

👏👏👏

Anônimo disse...

Super importante e enriquecedor! Estou ansiosa para ler e assistir o filme que não conhecia... Obrigada por isso!

Anônimo disse...

👏👏

Machado. disse...

De uma leitura leve, abordando perfeitamente um tema forte e atual. Perfeito!

Anônimo disse...

👏

Anônimo disse...

👏👏👏👏

Almeida disse...

Excelente análise !👏

Anônimo disse...

👏👏

Anônimo disse...

Que perfeição, excelente 👏🏼👏🏼👏🏼🫶🏼

Giullia disse...

Muito bom, adorei ler e é enriquecimento magnifico

Anônimo disse...

Ótimo texto. Parabéns! 👏

João disse...

Muito bom, meus parabéns 👏👏👏

Anônimo disse...

Muito bom ! - Rodrigo

Anônimo disse...

Perfeito. 👏

Marcos Vinicius disse...

Muito bom. Ansioso para ver esse filmes histórico. Parabéns. 👏👏👏👏

Gustavo Gonçalves disse...

Excelente análise. Me motivou ainda mais a assistir ao filme, que vem recebendo boas avaliações!

Anônimo disse...

Muito bem escrito, parabéns!
Continue assim!
Parabéns ao blog!

Juliano disse...

Magnífico. É a engrenagem final para o "querer" assistir

Anônimo disse...

O filme é excelente. Parabéns pelo relato.

Anônimo disse...

Que lindo, emocionante, real e necessário!Parabéns.

Anônimo disse...

Parabéns. 👏🏻👏🏻👏🏻

Mateus Reimão disse...

Ótimo filme e ótimo o artigo, professor. 👏

Ana Carol disse...

Parabéns, muito bom🥰

Allan Samuel disse...

Prof Wagner, ótimo artigo, belíssimo trabalho professor.

JOSE ALVES disse...

Belíssima resenha.

Anônimo disse...

👏👏👏👏👏👏

ADEMAR AMANCIO disse...

Gostei muito de sua escrita,o outro artigo sobre o filme também é ótimo,parabéns!

Anônimo disse...

Extraordinário 👏👏👏

Anônimo disse...

Parece um filme muito forte e emocionante,estou doida para ver o filme e ler o livro.
Maria de Fátima Oliveira Fernandes

Lucielen Menezes de Oliveira disse...

Excelente artigo, professor! Ansiosa para ver o filme! 👏🏻

MATHEUS SILVA COSTA 3004 disse...

O texto aborda a luta de Eunice Paiva contra a ditadura militar, retratando sua busca incessante por justiça após o desaparecimento de seu marido. A adaptação cinematográfica é marcada por cenas simbólicas que expressam a dor e resistência, ao mesmo tempo em que critica a impunidade dos crimes da ditadura, oferecendo uma reflexão profunda sobre memória e justiça no Brasil.

Juan disse...

Esse livro (e o filme) trazem muito algo que se fala , mas não se aprofunda muito. A época da Ditadura Militar, que talvez precise ser mais aprofundado em conhecimento dos estudantes de história, pois envolve muito da política brasileira da atualidade. Como muitos outros temas da história do Brasil. Talvez por falta de interesse do professor ou dos próprios alunos, não se valoriza muito esse tópico.

Anônimo disse...

Corrija Muito bom o artigo sobre o filme! Quero muito ver o filme e entender como era naquela época.
Giovanna Camargo

Anônimo disse...



O filme é uma jornada introspectiva que nos leva a refletir sobre o que é importante na vida, sobre o que nos faz humanos e sobre como podemos encontrar significado em um mundo que parece não ter mais sentido.

BEATRIZ SANTOS 3001 disse...

Retrata um pouco a história de Eunice Paiva na Ditadura Militar, e os desafios da adaptação no processo da ditadura, e a sua luta por justiça pelo seu marido. Eunice no texto e retratada como uma mulher forte mesmo com os acontecimentos da Ditadura
BEATRIZ SANTOS 3001

Anônimo disse...

Achei o artigo interessante porque mostra um momento difícil da história do Brasil através da trajetória de Eunice Paiva. Algumas cenas parecem bem fortes, como o silêncio de 53 segundos. Também faz uma crítica à falta de justiça, um problema que ainda existe. Parece um filme intenso e reflexivo.
Letícia da Silva Valviesse

Maryana santos 3006 disse...

Particularmente achei o artigo bom, ele oferece uma reflexão profunda sobre a busca por identidade e pertencimento em meio caos emocional, também achei interessante o jeito que mesmo no momento mais difícil da família eles tiraram uma foto sorrindo e eu sinceramente achei emocionante essa parte do filme e gostei muito da trilha sonora q se encaixa perfeitamente.

Luis Fernando Santos Da Silva 3006 disse...

Depois de ler o artigo, eu vi a combinação de literatura, cinema e política que dá uma visão completa e rica, permitindo olhar questões complexas de uma maneira acessível e é uma maneira brilhante de se usar o filme como uma metáfora. O comentário consegue juntar questões profundas de identidade, controle e a própria luta por espaço em um mundo político dominado por normas rígidas
Excelente artigo 👏

Manoela soares -3006 disse...

Achei o texto super bem escrito e emocionante! Consegue passar o peso da história e a importância da memória de um jeito bem impactante. O final então, com o silêncio e o pedido por sorrisos, foi de arrepiar. Mandou bem demais

Pedro Paulo Almeida da Silva 3006 disse...

O trecho aborda a repressão no regime militar brasileiro, enfatizando a prática de ocultação de cadáveres e mencionando figuras simbólicas da resistência, como Vladimir Herzog, Stuart Angel e Rubens Paiva. O silêncio de 53 segundos constitui um recurso expressivo que convida à reflexão sobre a ausência e o luto. A cena final, com a fotografia familiar e o pedido para que “todos sorriam”, contrapõe a dor da perda à tentativa de normalização, evidenciando a tensão entre memória e esquecimento.

Anônimo disse...

O texto analisa o filme Ainda Estou Aqui, baseado na obra de Marcelo Rubens Paiva, destacando sua representação sensível da dor e resiliência de Eunice Paiva durante a ditadura militar. A narrativa fragmentada mostra diferentes períodos de sua vida, reforçando o impacto duradouro do regime. O filme também questiona a impunidade dos crimes da ditadura, ressaltando a necessidade de justiça. Com uma abordagem emocional e histórica, a produção cumpre um papel essencial na preservação da memória e na reflexão sobre o passado autoritário do Brasil.

Texto muito bem escrito, muito bom, gostei muito

Julia Cristine -3006 disse...

Não assisti o filme, mas parece que a história mistura drama e questões importantes de forma bem intensa.

Eyshila Rebeca - 3003 disse...

Não vi o filme, mas pelo q li agora, percebi que retrata a luta de Eunice Paiva durante a ditadura militar no Brasil. E que esse filme provoca reflexões sobre justiça e impunidade, destacando também a resiliência da família, a dor e a resistência

Anônimo disse...

O comentário forma uma análise detalhada e sensível sobre o longa, dá destaque a sua importância histórica e também emocional. A narrativa é bem contextualizada dentro do cenário da ditadura militar, enfatizando as ações e sentimentos da protagonista. A dor da perda, a luta por justiça e a força de Eunice Paiva é muito bem retratada pelo longa e exímiamente executada pela grande atriz Fernanda Torres. Sobretudo, o texto ressalta como o filme consegue transmitir a atmosfera de opressão da época por meio de cenas impactantes e diálogos marcantes. A crítica final sobre a impunidade no Brasil amplia a discussão para além-obra, tornando o artigo não só um comentário sobre o filme, mas também nos trás para uma reflexão sobre a memória e a justiça no país, conscientizando nos a aprender com os erros cometidos no passado. Espero ter a oportunidade de ler essa grande obra literária que inspirou esse notável filme, que é um, senão o melhor que já tive o prazer de assistir.

Anônimo disse...

Daniel Rodrigo da Conceição de Souza 3003

Débora Barcellos Paiva 3003 disse...

O artigo aborda sobre o filme e o livro “Ainda estou aqui” que no artigo fala como foco a ditadura que é citado no filme quanto ao livro, acho importante se aprofundarmos mais nesse assuntos e saber mais sobre isso que está relacionado com a politica e com os julgamentos mais severos para que os criminosos não sejam livres e sim que tenham uma punição.

Bruna Ciraldo Simões disse...


É uma leitura fascinante! Ela consegue mostrar como o cinema não só reflete a política, mas também a molda de maneiras que muitas vezes não percebemos.
Turma: 3003

Gabriel santanna português Soares 3003 disse...

Não vi o filme ainda, mas só pela leitura estou ansioso!!!

Anônimo disse...

Esse artigo apresenta uma análise sensível sobre o filme e a história de Eunice Paiva, destacando a brutalidade da ditadura militar e a força da protagonista diante da tragédia. As cenas descritas ajudam a transmitir a emoção. Ansiosa para assistir o filme
Emanuelle Angelo Rodrigues Bispo

Camilly victoria de oliveira soares disse...

É uma leitura muito interessante, pôs ela retrata o como o cinema n só reflete a política, creio q seja de ultra importância nos aprofundarmos mais nesses assuntos e assim poder ter a visão de tudo q está relacionado a política e os julgamentos severos para q os criminos n sejam livres, mas sim que ganhem uma punição.
Turma:3003

Ana Luiza f. Prevot 3003 disse...

Nunca vi esse filme mas lendo esse comentário, explora como a literatura influencia o cinema e como adaptações ganham destaque no Oscar, refletindo a conexão entre essas duas artes,muitoo bem escrito esta de parabéns!!

Daniel Rodrigo 3003 disse...

O comentário forma uma análise detalhada e sensível sobre o longa, dá destaque a sua importância histórica e também emocional. A narrativa é bem contextualizada dentro do cenário da ditadura militar, enfatizando as ações e sentimentos da protagonista. A dor da perda, a luta por justiça e a força de Eunice Paiva é muito bem retratada pelo longa e exímiamente executada pela grande atriz Fernanda Torres. Sobretudo, o texto ressalta como o filme consegue transmitir a atmosfera de opressão da época por meio de cenas impactantes e diálogos marcantes. A crítica final sobre a impunidade no Brasil amplia a discussão para além-obra, tornando o artigo não só um comentário sobre o filme, mas também nos trás para uma reflexão sobre a memória e a justiça no país, conscientizando nos a aprender com os erros cometidos no passado. Espero ter a oportunidade de ler essa grande obra literária que inspirou esse notável filme, que é um, senão o melhor que já tive o prazer de assistir.

Daniel Rodrigo 3002

CARLOS EDUARDO LEMOS DA SILVA 3003 disse...

Não assisti o filme ainda, mas achei muito interessante e estou muito ansioso para assistir!! 👍

Breno Andrade Fernandes-3003 disse...

Muito interessante o post, estou muito curioso para assistir esse belíssimo filme 👏👏👏

Felipe George - Turma 3003 disse...

O texto fala de maneira legal e sensível sobre o filme "Ainda Estou Aqui", que conta a história de Eunice Paiva durante a ditadura militar no Brasil. A trama mostra como a família sofre com o desaparecimento de Rubens Paiva e a força da Eunice, que vira advogada e ativista. O filme não só revisita momentos históricos, mas também faz a gente pensar sobre impunidade e memória. As cenas, como o silêncio diante da brutalidade do regime e a esperança de sorrisos mesmo em tempos difíceis, mostram toda a emoção dessa luta. É um convite para lembrar e questionar nossa história, buscando justiça e verdade. Ótimo trabalho, Prof. Vagner!

Anônimo disse...

O artigo "O Sorriso de Eunice Paiva" aborda a dor das famílias afetadas pela ditadura militar no Brasil, destacando a personagem Eunice Paiva, que, ao lutar contra o Alzheimer, também lida com o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva. A cena em que Eunice assiste a uma reportagem sobre os crimes do regime é tocante e simboliza o luto e a busca por respostas que ainda persiste. O
sorriso no título é um símbolo de resistência, refletindo a tentativa da família de manter uma imagem de felicidade diante da dor. O artigo destaca a importância de não esquecer a história e de lutar por justiça e memória.

Elen Guedes, turma 3003

Anônimo disse...

O artigo faz uma análise sensível e detalhada do filme Ainda Estou Aqui, destacando a força e resiliência de Eunice Paiva diante das brutalidades da ditadura militar no Brasil. A autora consegue transmitir a emoção da história, mostrando como o filme retrata a dor do desaparecimento de Rubens Paiva e a luta da família por justiça.

A menção a momentos marcantes, como a cena do interrogatório e o impacto do Alzheimer na vida de Eunice, reforça a complexidade da narrativa. Além disso, a reflexão sobre a impunidade no Brasil é um ponto importante, conectando o passado ao presente. O encerramento com a simbologia do sorriso mostra que, apesar da dor, a memória e a resistência permanecem.

Elena Guedes, turma 3003

Anônimo disse...

Turma 3006