Temas
Republicanos Importam
Por
John Lennon Pereira
O mundo clamou em 2020 que “Vidas Negras Importam” o que fez
muitos jovens iram as ruas em meio a pandemia na denúncia do Racismo. Em muitos
países, incluindo o Brasil, o tema ganhou destaque e muitos “influenciadores”
se manifestaram sobre o tema. Todavia, se faz necessário uma maior reflexão
para nos preparar para o que está no povir nesse ano de eleições presidenciais.
No dia 21 de maio de 2022 se reuniu no bairro Campo Grande na cidade do Rio de
Janeiro o Fórum UBUNTU que realizou um momento de troca de experiências para
buscar ações com a perspectiva de mobilização.
Em momentos como estamos passando, a gravidade do processo
político é marcante. A crise económica, inflação alta, desemprego estrutural,
carestia diante de uma inflação com tendências ao descontrole e complicações
políticas regionais/nacionais: o tempo urge. Muito importante pensar e retomar
os movimentos sociais e culturais que marcaram a história carioca com a adesão
de novos sujeitos sociais. Portanto, é preciso fazer uma ponte entre diversos
tipos de movimentos, saindo da sua própria “bolha”, como muitos relataram no
encontro.
Compartilhar culturas e experiência dentre diversos tipos de
movimentos é uma das grandes iniciativas do Fórum nesse momento e há muito
ainda por se fazer. A sensação de derrota não se pode deixar contaminar diante
das grandes tarefas que se avizinham. Momentos e momentos fazem com que a
história gire com seres humanos buscando uma construção programática.
É com essa visão que o movimento Negro vem buscando e quer fazer
essa união, pois na politica não há atalhos, assim é o mesmo no ato de estar presente
em todos os movimentos. Para se sair da “bolha” deve-se não só ficar no debate
fraturado, e sim ampliar o debate dessa Frente Democrática em seus eixos
políticos e institucionais. Negros, mulheres, índios, trabalhadoras e
trabalhadores, LGBTQI+, os pobres em geral estão num mesmo processo de luta por
uma República.
Muito sabemos do sofrimento diante desse governo que tem um perfil autoritário. Derrotar esse atraso que aqui está demanda essa ponte dentre os movimentos com a política de frente. E muito necessário detalhar elementos programáticos a serem debatidos como a retomada da demarcação das comunidades quilombolas, por exemplo, que está na esteira de um tema, ou seja, agrário ou urbano. Nesse sentido, novas energias e outras produções escritas contaram para o próximo encontro.
Derrotar esse atraso não será tarefa fácil, mas o mais difícil será fazer um
programa que inclua todos esses movimentos, pois não podemos ficar na
narrativa como ocorre e ocorreu, "não vai ter Copa", "Ele
Não", e ficar nessa narrativa pode nos levar as derrotas na política. Vai sempre passar, não só a
"Boiada", então sim é momento de uma frente ampla da cultura, desse
povo brasileiro que não tem esse perfil fascista, fazer uma autocrítica. Analisar os erros e acertos, do
que poderá ser feito e resgatar personagens históricos nos diversos “territórios”
como dizem na atualidade. As literaturas
ricas que temos e pensar em quais caminhos irão percorrer, pois mesmo ganhando
eleições presidenciais. Só isso não bastará.
3 comentários:
Excelente.
É exatamente esse o caminho.
Não adianta ficar na rede social ou só dentro de salas fechadas debatendo a questão.
Faz- se necessário que as ações sejam eficazes e constantes!!
É a história acontecendo embaixo dos nossos narizes! Ação!!
Fato! Enquanto todos nós não formos às ruas de todo o país nada mudará!!
Faz se necessário ações mais incisivas, assim como ocorreu no Chile.
Postar um comentário