Mariana & Marianne
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15 de novembro de 2015 - 194º da Independência e 127º da República
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Mariana & Marianne, duas damas, duas mulheres, duas moças, duas meninas que se encontram hoje a chorar conosco os seus. As dores, entretanto, não cancelam a esperança que ambas carregam. Doce é o Rio que as banha em bacia ainda que hoje esteja enlameada de sangue.
Estamos em tempos fraturados onde o que viceja é a escassez de agendas positivas. Olhamos, por toda parte e não encontramos boas palavras para essas horas aziagas.
Aqui, ao contrario, estamos dispostos a seguir em sua busca. E Mariana& Marianne estão conosco nessa labuta. O G20, que começou hoje em Antalya, na Turquia, precisará olhar com os valores humanos do Ocidente a forma de abrigar todos os refugiados e as refugiadas, uma vez que o país anfitrião abriga quase três milhões de sírios fugidos da guerra. Para o momento, Marianne escuta os falcões a convocarem outra guerra. Aquela que começou a se cantar nos idos de 2001.
Os relatos que nos chegam de viajantes da Europa e da Turquia, é que as refugiadas e os refugiados estão em toda a parte: pedindo esmola nas ruas ou amontoados em campos montados as pressas para eles.
Ou seja: inexiste visão humanitária disponível no mundo Ocidental. E tão pouco no Oriente. Essa era a hora para a concessão de vistos humanitários para as refugiadas e os refugiados e imigrantes.
Não! Aponta-se para a guerra como o caminho a ser perseguido. Se alimentar aquilo que gera o estado de coisas que ai está não pode ser uma proposta a se apostar. A xenofobia é o que alimenta essa visão anacrônica diante dos direitos humanos.
Ao mesmo tempo Mariana também se ressente dos seus que se foi com o rompimento das barragens de rejeitos da Samarco, que destruiu um vilarejo, matou várias pessoas e deixou outras tantas desaparecidas.
Não resta dúvida que foi desastrada e descuidada a forma pela qual os governos (federal e estaduais) lidaram com os efeitos do desastre.
De igual maneira se está adentrando em terreno nada proveitoso a humanidade com as soluções de velho tipo para a hora global.
Por isso precisamos de Mariana & Marianne irmãs nessa hora triste mas também noutras horas alegres da história mundial e suas inspirações não serão apagadas.
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