Pesquisa DATAFOLHA (Junho 2013) que poderia ser comparada com a GERP citada por DEMOCRACIA e SOCIALISMO
Dialogando com o BLOG DEMOCRACIA E SOCIALISMO
Por Vagner Gomes de Souza
(Coordenador Político da Frente Popular Amigos da
Zona Oeste – FREPAZO)
O
artigo “Jandira, Governadora do Rio de Janeiro” de Adelson Vidal Alves foi
postado no dia 29 de agosto no BLOG DEMOCRACIA E SOCIALISMO (http://democraciaesocialismo.blogspot.com.br/2013/08/jandira-governadora-do-rio.html).
Trata-se de uma instigante análise de conjuntura estadual que abre a
oportunidade para o debate das próximas eleições estaduais a partir da
avaliação da pré-candidatura da Deputada Federal Jandira Feghali (PCdoB).
A
análise da conjuntura estadual é um desafio que VOTO POSITIVO reconhece e
assume num diálogo com o artigo citado acima. Em primeiro lugar, avaliamos que
muitos fatores vão influenciar as eleições de 2014 que ainda estão em curso.
Comecemos pelas eleições presidenciais que não temos ainda o quadro definido
nem para as forças governistas (Fica Dilma X Volta Lula) ou na oposição (sai a
REDE SUSTENTABILIDADE?, Serra se candidatará pelo PPS? , Eduardo Campos (PSB)
será mesmo candidato?). Há muitas dúvidas que vão ainda impactar na organização
do Palanque Estadual. Portanto, não esqueçamos que o PCdoB será “fiador” de uma
aliança histórica com o PT nacional desde as eleições de 1989, o que sugere
para onde o PT nacional rumar o PCdoB local levará seus dirigentes e
militantes.
No
momento, o Bloco Governista Fluminense passa por uma série crise. Isso não
implica que ele está “fora do jogo”. Por dois fatores: 1) o artigo não avalia a
hipótese de afastamento por renúncia do atual Governador em janeiro próximo o
que permitirá a melhor articulação do Vice-Governador na reformulação de sua
base política (“mudar para conservar” com a máquina pública mais presente no
processo político ainda mais costurando apoio no interior onde diversos
Prefeitos está receosos de perdas de mandato pelo TRE como cita o articulista
de DEMOCRACIA E SOCIALISMO); 2) a
realização da Copa do Mundo é um fator de Antropologia Política que não foi
ainda dimensionado pelos analistas políticos. Para o bem ou para o mal. Romário
está no “banco de reserva” da política estadual aguardando convocação e poderia
ser um “outsider” emergente das ruas e das periferias. O “lulismo” na expressão
Bonapartista.
No
Rio de Janeiro, apesar da crise política, não há um novo bloco de forças
progressistas se articulando. Esse é o desejo que verificamos e compartilhamos
em DEMOCRACIA E SOCIALISMO, porém o sábio Garrincha perguntava: “foi combinado
com os Russos?”. Nesse particular,
nomeamos o PSOL que tem ocupado espaços de um eleitor de “centro-esquerda” e até faixas eleitorais de
conservadores defensores da “ética na política” mas não apresentam um programa
político mais claro de aliança democrática. Uma vez que, a apresentação desse
programa seria a fragmentação dessa organização política.
PDT,
PPS, PSB estranhamente ou justificadamente (cabe aos seus Diretórios Regionais
responderem) são abordados pela imprensa fluminense como defensores dos
cálculos políticos de seus principais dirigentes locais. Engatinham no debate
da sucessão, mas estão atônicos com as mobilizações das ruas que se fazem
distantes dos movimentos sociais que alguns militantes desses partidos ainda têm
referência. São agremiações políticas que se afastaram da juventude por
priorizarem “fazer Deputado Federal” e apresentam sérias dificuldades de se
abrirem e conduzirem os anseios surgidos após as Jornadas de Junho.
Portanto,
o elemento novo ainda estaria na candidatura própria do PT que poderia ser o “calcanhar
de Aquiles” da coalizão PT-PMDB nacional. DEMOCRACIA E SOCIALISMO abordou de
forma “tímida” essa luta interna do PT-RJ. A trajetória política do Pré-candidato
do PT do RJ é um exemplo de quadro político que transitou do “partido da Ação”
para o “partido da Moderação”, o que pode dar outra dinâmica ao debate de um
Programa de Transição para o Rio de Janeiro que precisa de mais articulação
entre Governo e Sociedade reforçando as instituições de consulta da população
que surgiram com a Constituição de 1988. Além disso, há o elemento do Projeto
de Lei de Iniciativa Popular da Constituição Estadual do Rio de Janeiro que não
foi plenamente colocada em prática. E consideramos importante o resgate de um
Orçamento Participativo estadual no Rio de Janeiro como forma de enfraquecer as
forças políticas do clientelismo estadual.