ENTREVISTA: A Juventude
Popular Socialista no Segundo Turno do Rio de Janeiro
Os cariocas não voltam as urnas no próximo
dia 28 de outubro, porém setemunicípios terão segundo turno e chamam atenção
quanto a uma prévia do que será a disputa eleitoral de 2014. PMDB, PT e PR,
leia-se “grupo de Cabral”, Lindbergh Farias e Garotinho despontam como
possíveis protagonistas do cenário eleitoral estadual. Em comum, são três
forças políticas vinculadas a Base de Apoio ao Governo Federal diante de um
modelo que alguns politicólogos chamam de “presidencialismo de coalizão”.
Diante da importância das novas gerações na política
fluminense, o VOTO POSITIVO fez uma breve entrevista com o responsável pela Coordenação Metropolitana I da Juventude Popular
Socialista do Estado do Rio de Janeiro - John Lennon (JPS Rio) que falou
sobre os caminhos dos simpatizantes da JPS no segundo turno de alguns desses
municípios.
VOTO
POSITIVO – A JPS do Estado do Rio de Janeiro fez alguma avaliação sobre as
eleições municipais desse ano?
John
Lennon – Nesse momento estamos aguardando a realização do Segundo Turno. A
Executiva Estadual do PPS que fará uma reunião na próxima quarta-feira (18-10).
As repostas que posso lhe adiantar fazem parte de minha opinião pessoal que
pretendo que seja debatida numa reunião da Executiva Estadual da JPS-RJ.
VOTO
POSITIVO – A capital não terá segundo turno. Acabou o ano político para a
JPS-RJ?
John
Lennon – Não. O segundo turno em Niterói terá possibilidades de polarizar as
forças governistas e oposicionistas. Duas candidaturas de políticos da nova
geração foram para o segundo turno, Rodrigo Neves (PT) e Felipe Peixoto (PDT).
A diferença está na postura mais agressiva da nossa aliança com o PDT ao trazer
o tema do “mensalão” para o Segundo Turno. Indiretamente, essa “nacionalização”
das eleições municipais de Niterói poderão acirrar os ânimos do desenho
político estadual. A “marca” do Mensalão em Rodrigo Neves é um divisor de águas
na campanha de Felipe Peixoto.
VOTO
POSITIVO – Você acha que a presença do PDT na “base governista” vai ser questionada
pelo PT-RJ por causa desse embate?
John
Lennon – Não. Isso é muito cedo para afirmar, mas devemos sempre atuar para
criar “brechas” nessa GRANDE COALIZAÇÃO nacional cujo eixo é PT-PMDB. Após as
eleições, já vimos referências a possível substituição de Michel Temer pelo
atual Governador do Rio de Janeiro na Chapa Governista em 2014. Uma vez que o
Rio de Janeiro é o “quintal político” do lulismo. A desestruturação dessas
visões localistas ocorrem com o mensalão no segundo turno de Niterói.