segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ELEIÇÕES MUNICIPAIS - UM BREVE BALANÇO


ENTREVISTA: A Juventude Popular Socialista no Segundo Turno do Rio de Janeiro

Os cariocas não voltam as urnas no próximo dia 28 de outubro, porém setemunicípios terão segundo turno e chamam atenção quanto a uma prévia do que será a disputa eleitoral de 2014. PMDB, PT e PR, leia-se “grupo de Cabral”, Lindbergh Farias e Garotinho despontam como possíveis protagonistas do cenário eleitoral estadual. Em comum, são três forças políticas vinculadas a Base de Apoio ao Governo Federal diante de um modelo que alguns politicólogos chamam de “presidencialismo de coalizão”.
Diante da importância das novas gerações na política fluminense, o VOTO POSITIVO fez uma breve entrevista com o responsável pela Coordenação Metropolitana I da Juventude Popular Socialista do Estado do Rio de Janeiro - John Lennon (JPS Rio) que falou sobre os caminhos dos simpatizantes da JPS no segundo turno de alguns desses municípios.

VOTO POSITIVO – A JPS do Estado do Rio de Janeiro fez alguma avaliação sobre as eleições municipais desse ano?
John Lennon – Nesse momento estamos aguardando a realização do Segundo Turno. A Executiva Estadual do PPS que fará uma reunião na próxima quarta-feira (18-10). As repostas que posso lhe adiantar fazem parte de minha opinião pessoal que pretendo que seja debatida numa reunião da Executiva Estadual da JPS-RJ.

VOTO POSITIVO – A capital não terá segundo turno. Acabou o ano político para a JPS-RJ?
John Lennon – Não. O segundo turno em Niterói terá possibilidades de polarizar as forças governistas e oposicionistas. Duas candidaturas de políticos da nova geração foram para o segundo turno, Rodrigo Neves (PT) e Felipe Peixoto (PDT). A diferença está na postura mais agressiva da nossa aliança com o PDT ao trazer o tema do “mensalão” para o Segundo Turno. Indiretamente, essa “nacionalização” das eleições municipais de Niterói poderão acirrar os ânimos do desenho político estadual. A “marca” do Mensalão em Rodrigo Neves é um divisor de águas na campanha de Felipe Peixoto.

VOTO POSITIVO – Você acha que a presença do PDT na “base governista” vai ser questionada pelo PT-RJ por causa desse embate?
John Lennon – Não. Isso é muito cedo para afirmar, mas devemos sempre atuar para criar “brechas” nessa GRANDE COALIZAÇÃO nacional cujo eixo é PT-PMDB. Após as eleições, já vimos referências a possível substituição de Michel Temer pelo atual Governador do Rio de Janeiro na Chapa Governista em 2014. Uma vez que o Rio de Janeiro é o “quintal político” do lulismo. A desestruturação dessas visões localistas ocorrem com o mensalão no segundo turno de Niterói.