sexta-feira, 9 de julho de 2021

FOLHA SECA DO "TITI" - O FUTEBOL NA CONJUNTURA


 

Paixão de jogar bola x Jogar bola, por ser “Patriota”

Por Tiago Bastos de Souza[1]

 

Acho a Argentina ligeiramente favorita pela essência do futebol que eu considero a “paixão de jogar bola”, além disso, ela tem o Messi, maior jogador que assisti e assisto jogar, parece que o clima de vestiário está descontraído e os argentinos não precisam jogar um futebol “bonito” ou “esteticamente bonito” para ganhar, mas o conjunto dentro de campo e trabalho da Seleção Brasileira parece ser melhor.

A Seleção Argentina é apaixonante pela sua “essência” de “vontade de jogar bola” e vejo que alguns torcedores de futebol, querem assistir o Messi ganhar pela seleção principal dele.

O clima dos jogadores da Argentina no vestiário me faz lembrar, algo que observo entre as ligas Argentina e Brasileira da primeiras divisões, acho que os jogadores argentinos, na sua liga e os jovens promissores que vão para Europa tem mais paixão por jogar futebol, que para mim, é uma coisa importante no futebol, aqui parece que os brasileiros jogam mais pelo dinheiro ou pela marca de virar um “jogador símbolo”, como se fosse uma empresa ou clube, nada contra, é uma escolha do “mercado futebolístico”, mas o nosso futebol brasileiro se torna pobre.

Sobre a Seleção Brasileira para essa final de Copa América, eles não queriam jogar, então, estão jogando "forçados", ainda estão preocupados em se provar como ”patriotas”, que para isso, além das falas dos jogadores em algumas entrevistas pela “vontade” de jogar na seleção que são em volta desse “patriotismo”. Neymar postou em sua rede social uma “crítica” que achei deselegante e os componentes do programa da Globo do programa Seleção Sportv no dia 09/07/2021, também, que foi sobre os brasileiros que irão torcer para Seleção da Argentina, então André Rizek, apresentador do programa, em resposta ao post do Neymar, citou e relembrou muito bem, a frase registrada por James Boswell de Samuel Johnson “O patriotismo é o último refúgio dos canalhas”.

Além da imposição da CBF, para que jogassem a Copa América em casa que não foi bem encarada pelos jogadores também tenho a impressão que os jogadores se sentem melhores em relação a Seleção Argentina devido ao trabalho e conjunto citado no início do texto e pela história da seleção, usando-se o “patriotismo” sendo que as falas dos jogadores parecem em tom de certo cinismo, arrogância e autoritarismo. Isso é perigoso para o futebol brasileiro que eu gostaria que fosse resgatado.

O futebol envolve a paixão do torcedor e cada um escolhe o que irá se apaixonar, por isso torcerei pela Argentina nesse momento, tem o maior jogador que vi jogar e acho que a essência do que eu acho, o que é futebol, está com eles. Mas, que vença o melhor e que cada um torça para o que quiser, futebol para mim, é torcer com consciência da sua escolha ou se foi escolhido, sabendo que pode se recusar da sua predestinação.



[1] Sou Tiago Bastos de Souza, tenho 22 anos, Professor de educação física, atualmente sou estudante de Educação Física no oitavo período em bacharel. Filho de professores e apaixonado por futebol desde a minha primeira Copa do Mundo, em 2002.

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