Foto: Fabiano Rocha retirada do site www.vozdascomunidades.com.br
O
Carandiru Carioca
Há uma urgência pelo
esclarecimento do uso de forças de segurança com a intenção de se levar a paz
as comunidades cariocas quando se é a mais letal da história do Rio de Janeiro.
Lembremo-nos do que foi a “Chacina do Carandiru” ocorrida em 1992 em que nem
ainda tínhamos nascido. Uma rebelião que foi sufocada num banho de sangue em
tempos anteriores a existência do controle do PCC nos presídios de São Paulo.
Os efeitos brutais do Carandiru não melhoraram a vida da população paulistana.
No dia de ontem, o
fantasma do “Mão Branca” (personagem dos grupos de extermínio na Ditadura
Militar) se fez presente na “invasão” da comunidade do Jacarezinho na cidade do
Rio de Janeiro. Não se explica com ficha policial os atos bárbaros narrados
pelos moradores daquele bairro. Não se explica que em plena a Pandemia uma ação
considerada excepcional seja feita com tamanha barbaridade e nenhuma
sinalização do Governo Estadual de que irá apurar se houve possíveis excessos
ou outros interesses. Simplesmente se declara que se cumpriu o “PROTOCOLO”.
Balas Perdidas não
obedecem “Protocolo”! Um trauma que se gera nas crianças por causa pela tamanha
brutalidade não é a melhor maneira de resgatar crianças e adolescentes do
sugerido “aliciamento do tráfico de drogas”. Não se pode ficar em silêncio
diante das denúncias de execução feita seja por qual motivo. Delicado silêncio
não se pode fechar nos “fichamentos” da vida sob livros repletos de dor.
Soam em nós as palavras
de Frida Kahlo: “Pés, para que os quero, se tenho asas para voar”. Essas palavras
convidam a nossa juventude a refletir sobre a ausência de natureza republicana
de uma gestão estadual no mínimo atrelada a outros interesses, pois tudo se
encerra em seis linhas de uma Nota do Governador. Nossa “alma carioca” está
ferida pela apropriação indevida das almas.
A ALERJ, como poder
legislativo independente e representativo da sociedade do Rio de Janeiro na sua
mais ampla pluralidade, não se pode intimidar de buscar esclarecimentos sobre o
que se ocorreu e de outros eventos “suspeitos”. Nem que o caminho seja a instalação
de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que a transparência se faça
presente. O ativismo da Democracia se faz necessário nesse momento em que nos
solidarizamos a todos que vivem sob esse caos e incluímos os familiares dos
policiais civis e militares que são vítimas colaterais da ausência de uma
verdadeira Política de Segurança Pública no Rio de Janeiro.
FRENTE
DEMOCRÁTICA JOVEM
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