Luiz Carlos Ramos - popularmente conhecido como "O homem do chapéu"
O Bairro
de Campo Grande (RJ) volta a eleger um Deputado Federal
Por
Vagner Gomes de Souza
Luiz Carlos Ramos teve 33221
votos em todo o estado do Rio de Janeiro e foi beneficiado pela articulação de
uma coligação partidária que tinha PSDC – PMN – PTC que somou 178422 votos, ou
seja, não foi um típico “puxador” de votos da coligação, porém concentrou 18,6%
dos votos da coligação por uma ampla “rede” de dobradinhas com candidaturas a
Deputado Estadual uma vez que preside o seu Partido no Estado. Vereador no Rio de Janeiro (reeleito em 2012), ele teve 25545 votos distribuídos na Capital (77% do total de sua
votação). Nas Zonas Eleitorais correspondentes ao bairro de Campo Grande e
arredor (ZE 120, 122, 242, 244, 245) ele recebeu 8534 votos (25,7% do total de
sua votação).
Na capital, o deputado eleito
teve que conseguir 17011 votos para além de sua base eleitoral (66,5% da
votação na capital). Sair dos limites da sua base eleitoral tradicional foi
fundamental para que houvesse esse sucesso político. A atuação como “cacique”
partidário lhe permitiu essa facilidade nas trocas políticas com candidaturas
ao legislativo estadual. Além disso, a campanha levantou uma bandeira política
que foi “Taxa ZERO para os Estacionamentos em Shopping” o que lhe distinguiu do
repetido slogan “Quem mora em Campo Grande vota em político de Campo Grande”.
Isso sugere a viabilidade de uma campanha que se capitalizou por outras Zonas
Eleitorais da Capital.
Entretanto, a consolidação de uma
base eleitoral foi importante para servir de plataforma de consolidação dessa
votação. Nesse caso, a presença do filho (Luiz Carlos Ramos Filho) do Deputado Federal
eleito como Administrador Regional de Campo Grande há 6 anos sugere a
fomentação de recursos da máquina pública na estruturação da campanha. As
trocas de favores no serviço público é uma característica da região que
permitiu uma base de lançamento. Assim, em tempos de anseios pela “nova
política” ou de comentários favoráveis a “reforma política”, o sucesso
eleitoral do futuro parlamentar federal da Zona Oeste carioca segue as “velhas”
receitas da política brasileira.
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